Nesse tempo de pandemia e isolamento social,
Às sequelas que aparecem são deveras cruciais:
Viver junto é uma coisa; e conviver é algo mais.
O “se afaste” “ não me toque”, agora é outro mal.
Mulher de “licença prêmio” já evitando o amante;
Achando que a coisa pega e que é melhor dizer não.
Dá pra beber noite e dia, só chá – mate com limão,
Sem explicar pro incauto que a bebida é broxante.
O coitado se acomoda, só para evitar confusão;
Sente-se meio esquisito, pensando ser baixo astral;
Não suspeita, nem por sombra, que a raiz desse mal
Ê a rotina mudada: morar com mulher como irmão.
Vai consultar o doutor, a buscar aconselhamento.
O medico lhe diz, amigo… o remédio a receitar…
Seria antiético eu dizer, que é melhor prevaricar;
Só não posso responder, pelo fim do casamento.
Passados uns trinta dias, com retorno garantido,
O médico o interroga: deixou de pensar naquilo?
Quem me dera, seu doutor, já esqueci do estilo
De tanto chá que tomei, o principal está perdido.