Por trás de todo ser Belo e cativante,
Inda que pareça obra de celestial grandeza,
Há sempre oculto do olhar sem agudeza,
O espectro de um esqueleto horripilante.
Por trás dos reluzentes castelos e catedrais,
Em que se cantam louvores aos arquitetos,
Não vês as mensagens dos escravos analfabetos,
Gravadas nas intrigantes obras artesanais.
Por trás das enormes riquezas do velho mundo,
Que celebram e eternizam dinastias absolutas,
Não vês o sangue derramado em tantas lutas,
Pela plebe que amargurou sofrer profundo.
